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CTRL+C não é conexão: quando a cópia vem sem alma, a intuição responde

Seja qual for a sua área, você sabe o que é isso.

Você estuda. Se aperfeiçoa. Faz curso de madrugada porque o fuso é complicado, monta sua dissertação, corre atrás de certificação, se forma, se informa. E ainda tem que lidar com a vida, o trabalho, os boletos, os filhos, o emocional, e mesmo assim, entrega o melhor.

E aí… vem alguém.
Simplesmente copia.

Ou então, você comenta um projeto com alguém, compartilha sua visão, sua ideia… e de repente a pessoa lança o mesmo projeto, com quase o mesmo nome, a mesma proposta, o slogam quase o mesmo, sem nem perguntar se tá tudo bem.

A verdade?
Muita gente está passando por isso.
Clientes minhas já passaram. Algumas passam hoje.
E eu e a Paulinha estamos passando também.

Mas deixa eu te contar um bastidor:
Nós só comentamos nossos projetos com terceiros quando tudo já está pronto, estruturado e pronto pra lançar.
Porque, né… a inveja e a cópia não dormem.
Sempre aconselho: não compartilha teus planos antes de estarem concretizados.
Porque quando a ideia ainda tá nascendo, é sagrada.
E no nosso caso, mesmo tendo feito tudo certinho, depois que lançamos, vimos o replay descarado, com novos rostos, mas velhas palavras.

Teve caso que só faltou colocar o “tchê” e o “bah” pra fechar a assinatura.

E olha, quero te dizer: te entendo.
Porque aqui, a gente abre mão de domingos, de feriados, de momentos em família, do nosso vinho tranquilo, pra estudar, criar e trazer o melhor para os nossos assistidos, clientes, alunos, ouvintes.

E mesmo assim, vem alguém e simplesmente leva.

Às vezes, quem fez mentoria conosco (até pro bono ou com desconto), passa o conteúdo pra outra pessoa divulgar, como se terceirizar o plágio deixasse tudo “menos feio”.

Aí vem outra pessoa posta no Instagram exatamente o que a gente explicou no podcast, mesma estrutura, mesma linguagem, como se tivesse vindo de dentro dela, quando na verdade veio direto da nossa entrega.

E eu e a Paulinha… a gente ri.
Rimos de nervoso, e pensamos: “só muda o título, pelo menos!”
Ou então: “espera uns meses pra fazer esse tipo de conteúdo, né, já que tá copiando!”
E acredito que tu também já pensou o mesmo, né?

Muitos dos meus assistidos vêm com essa queixa.
E quando contam, eu relato: “A gente também está passando por isso.”

E vou ser sincera contigo:
Dá raiva, dá.
Dá vontade de falar nomes, sim.
Mas aí eu respiro e lembro: essas pessoas não são originais.
São sanguessugas.
E isso, por si só, já diz tudo.

Tu pode até me dizer:
“Mas se te copiam, é porque é bom.”
Sim, concordo.

Mas caráter… cita.

Diz:

“Como a Carol e a Paula falaram…”
“Como aprendi na mentoria…”
Ou até um simples “aspas e dois pontos”. É o mínimo.

Porque hoje em dia, todo mundo vê. E quem vê, reconhece.

Tem gente que nem é da área da terapia, nem coach, nem nada. Mas percebe que o conteúdo tem valor e acha justo “reembalar” e vender.

A neurociência explica: quem não tem identidade construída busca fora.
A PNL chama isso de modelagem rasa, cópia sem consciência.
E a astrologia mostra que Mercúrio sem Saturno vira discurso solto, e Vênus em carência busca brilho fácil.

Enquanto isso, a gente segue:
abrindo mão, estudando, criando, entregando com responsabilidade e verdade.

Hoje, 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, lembro que o plágio já existia antes do Wi-Fi.
E Camões, direto e atemporal, já dizia:

“Quem vê parecer que chora, não cuide que sente pena;
Que há muita gente que chora, e chora só por cena.”

E como diria Abraham Lincoln, com precisão histórica e atual:

“You can fool all the people some of the time, and some of the people all the time, but you cannot fool all the people all the time.”
(Você pode enganar todas as pessoas por algum tempo, e algumas pessoas o tempo todo, mas não pode enganar todas as pessoas o tempo todo.)

E pra fechar com a minha verdade:
Palhaço precisa de plateia. E eu não sou nem circo, nem plateia.

Então não confie naquela voz mansa, que vive o papel de vítima da sociedade, mas age como oportunista nos bastidores.

Vivência real não se copia.
Pode repetir o conteúdo. Pode imitar o estilo. Pode até usar o mesmo tom.
Mas não vai entregar com a mesma força.
Porque quem copia, não sustenta. E quem sustenta, não precisa copiar.

Com a leveza de quem cria com propósito, não com Ctrl+C.,

Com amor de verdade…

Carol Pereira
(Autoral desde o café até o fuso horário)