
TÁ TUDO BEM TER MEDO
Salto alto, tênis, palco e essência:
Um papo direto, e com boas risadas, sobre autenticidade, medo, comunicação e o poder de ser você.
Salto alto.
Ai, minha gente… posso abrir o jogo?
Eu e o salto temos um acordo de convivência pacífica: ele fica no armário, e eu sigo a vida com meus tênis maravilhosos, confortáveis, e (por que não?) estilosos demais pro gosto de quem ainda vive preso à imagem.
Sabe por quê?
Porque o tênis é a minha cara.
Me deixa leve, rápida e inteira.
E quando o corpo tá confortável, a alma aparece, e a voz também.
Agora… se tu ama um saltão, usa!
Se os guris gostam de terno e gravata, maravilha!
A única regra é: que a tua roupa represente quem tu és, e não um papel que tu inventou pra caber num padrão.
Falar em público dá medo. E isso é humano.
Dá frio na barriga.
Dá vontade de dizer que o Zoom travou, que a internet caiu ou que “bah, hoje não é meu dia!”
Mas mesmo quem está acostumado com o palco sente.
O medo só mostra que você se importa.
A questão é: você vai deixar ele dirigir o teu show?
Tu já notou?
Tem gente que faz a mesma apresentação sempre.
Você assiste uma vez e já sabe o começo, o meio e o fim, até a piada do slide 7 é sempre a mesma.
E não é porque dominam o conteúdo ou são mestres da comunicação.
É porque têm medo.
Medo do novo, de improvisar, de serem espontâneos.
Medo de sair do script e mostrar quem realmente são.
Isso não é segurança. É armadura.
E como já dizia Aristóteles, “a retórica eficaz nasce da alma, do caráter e da intenção”, não do figurino bem escolhido ou do texto decorado.
E nas minhas mentorias, é sempre a mesma raiz:
“Carol, meu negócio travou… não sei mais como me comunicar… os clientes sumiram…, sinto um vazio….”
A gente vai avaliando com carinho, astrologia, PNL, hipnose, neurociência, e se precisar, até puxamos uma cartinha do Tarot, e a resposta aparece:
A pessoa parou de ser ela mesma.
Ela se moldou tanto pra parecer profissional, competente, inabalável… para caber no que os outros acham que é o certo…
Que esqueceu como era ser humana, presente, vibrante.
Não adianta um discurso perfeito com alma ausente.
Dale Carnegie, mestre da oratória e autor de Como falar em Pùblico e Encantar as Pessoas, dizia que o segredo da fala impactante está na sinceridade com que você acredita naquilo que está dizendo.
E Richard Bandler, um dos criadores da PNL, sempre dizia:
“As palavras têm poder, mas só quando estão alinhadas com a tua identidade.”
A tua comunicação começa muito antes de abrir a boca.
Começa quando tu escolhe calçar o que te representa.
Quando tu te olha no espelho e decide que não vai mais representar ninguém além de ti mesma.
A boa oratória nasce quando você para de fingir,
E começa a viver o que diz.
E sim, a neurociência também confirma:
Sentir medo é absolutamente normal.
O cérebro só quer te proteger do julgamento, da rejeição, do ridículo.
Mas, meu Amor, se tu se esconde, quem perde é o mundo que precisava ouvir tua voz.
Então deixa o medo vir, sim.
Mas coloca ele sentado na plateia, de preferência na última fileira, aplaudindo tua coragem.
Na próxima vez que for falar, aparecer ou te posicionar…
Calça teu tênis favorito.
Ou teu salto. Ou teu terno.
Mas vai com verdade. Vai com alma. Vai com o coração inteiro.
REFLEXÃO FINAL:
O mundo não precisa de mais gente performando.
Precisa de gente presente.
Gente que sente.
Que vive.
Que brilha sendo quem é.
Mesmo com medo. Mesmo com voz trêmula.
Porque a beleza mora ali:
no real, no simples, no leve, e no teu jeito único de ser plural.
Com Amor e Carinho
Carol Pereira

